sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Giro 2 - minhas leituras

Ok, ativar "o que estou lendo" ou o "motivo-deste-blog-ficar-meio-largado-às-vezes".

Segue a lista, logo ela diminui, tem alguns sendo terminados:

George MacDonald, Phantastes - referência achada no maravilhoso "O Grande Abismo", de C.S. Lewis, que terminei de ler há poucos dias, na Escócia. Tô no comecinho, nem dá pra falar nada - ainda.

Joey Reiman, Idéias - falta o último capítulo. Se por vezes suas histórias são fantásticas, por outras o autor se revela o maior promotor de si mesmo que já vi. Mas quem falou que está tão errado, quando o assunto é vender isso mesmo?

Armand Nicholi Jr., Deus em Questão: C.S. Lewis e Freud debatem Deus, Amor, Sexo e o Sentido da Vida - talvez o maior título auto-explicativo de todos os livros que já vi, falta ler o epílogo e logo coloco comentários sobre as relevantes comparações e análises do autor.

C. S. Lewis, O Problema do Sofrimento - perguntas como 'por quê sofremos?' e 'se Deus é bom e todo-poderoso, por que permite que suas criaturas sofram?' são parte do conteúdo deste livro. Para pensar um monte.

Alina Wheeler, Designing Brand Identity - estudo de casos, modelos, e uma metodologia simples para a compreensão e prática de gerenciamento de marcas. Indispensável para profissionais da área e para quem quer ampliar sua visão do negócio.

Phillip E. Johnson, Como derrotar o Evolucionismo com mentes abertas - de forma simples, este professor graduado pela Harvard mostra como discutir ciência com ciência, separando fatos dos preconceitos sociais dos auto-intitulados racionalistas (na verdade, naturalistas) que pregam uma ciência mais semelhante à uma fé cega e sem precedentes.

Bill Myers, Sangue do Céu - romance sobre o que seria caso descobrissem o sangue de Jesus conservado e usado cientificamente para restaurar a humanidade de alguém. A princípio parece interessante mas isso implicaria que o sangue de alguém pode ter alguma capacidade superior à de outrem - comparemos pessoas saudáveis e de idade compatível - o que pode levar a falsos questionamentos sobre a divindade e verdadeira humanidade do próprio Jesus. Estou tentado a parar de ler, vamos ver.

Comentário e recomendação: leiam "O Grande Abismo", do C. S. Lewis, é imperdível. Li estes dias e fala sobre como seria a vida depois desta vida. O autor faz questão de dizer que é um conto - e não uma nova revelação (uuufa! haha) - sobre a visão de quem vai para o inferno e quem vai para o céu.
Difícil não se enxergar em uma situação ou outra que o autor propõe e é bom evitar só enxergar outros, já que uma auto-análise e bem-vinda nesse caso.
Interessante o fato de estar pela Escocia quando a narrativa atingiu o ápice onde, no conto, o autor encontra seu mestre declarado, mr. MacDonald, o escocês que o ensina coisas interessantes numa realidade no mínimo, fascinante.
Ponto para a narrativa fechada, simples e profunda e para o destacado 'humor' ou 'jeito' escocês, perfetto!!

Detalhe: o final provoca aqueles risinhos internos que te fazem crescer...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Plus ça change, plus c'est la même chose?

Voltando ao Brasil não é difícil perceber a diferença deste lugar peculiar para outros ditos mais "nobres" ou "desenvolvidos".
Sem analisar nosso caloroso modo de viver, nosso povo que consegue se divertir tanto com tão pouco e, antes de continuar a lista de obviedades, chama atenção a difença cultural que vivemos.

Uma das sensações que ouvi muita gente falar era o tal filme do "Bope", que ainda não havia chegado ao cinema e muitos DVDs caseiros já o conheciam.
O caso Renan Calheiros mal foi noticiado na Europa mas por aqui causava uma indigestão, digo indignação típica que deixa o brasileiro com "nojo" de política e se afasta do assunto, como se fechar os olhos fosse o remédio para uma perna quebrada. A TV também não parava de noticiar sobre a empresária solta de seu cativeiro, no mais recente (?) caso de sequestro no Brasil, como se apenas de sangue e lágrimas se construisse um país (talvez uma cultura sim, mas esse é outro assunto), afinal, ainda persiste a máxima de que aqui, "notícia boa não é notícia".

No dia seguinte à minha chegada minha mãe ficou por longo tempo no telefone esperando uma resposta da Telefonica, que por causa da greve dos Correios (!), tivemos a conta chegando atrasado e a tal operadora nada poderia fazer para ajudar, era "coisa do sistema, não podemos ajudar, senhora", disse o carinha do SAC. Neste dia estava meio ruim da voz e precisei ir à uma clínica de Otorrino para uns exames e, ao chegar, fui informado que só cinco dias após aquela data haveria alguém para me atender. Meu convênio também não serviu para nada.

Ficar um tempo - não importa o quanto - longe de quem se gosta desperta saudades e faz esquecer rapidamente detalhes ruins do objeto ou pessoa em questão; mas certas barbaridades fazem a gente esquecer até o que há de bom na cidade.
Talvez por isso não à toa algumas pessoas na Europa - as poucas bem informadas, devo dizer - se espantavam quando ouviam que eu era de São Paulo e perguntavam se era muito perigoso aqui. Um rapaz até perguntou se aqui era perto da "City of God" haha foi um esforço muito grande não gargalhar naquele momento.

Pouca coisa tinha mudado, infelizmente. Mas ainda acredito nesse país, talvez por causa da minha fé em Deus.
Mas as coisas estão mudando, porque quanto mais se muda... plus c´est la même chose.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Mais uma vez a paixão pelas marcas

Alguém já disse que as marcas e corporações seriam a religião desse novo século que se inicia. E, ao que muita coisa indica, parece ser um truísmo que pouco foge à realidade.

Visto que marcas se valorizam muito mais em países de capital aberto e nestas circunstâncias geram muito maior valor ao acionista (Tomiya, 2006), o culto a seu valor parece assumir status de coisa realmente nobre e, com certeza, é um elemento diferencial entre as pessoas.

O que se viu do frenesi atrás de um iPhone pode parecer o fim para alguns, mas, segundo especialistas, é apenas o começo. Começo de tempos em que se valorizam cada vez o valor da marca. Ah, mas isso já rola há cinqüenta anos, algum “cético” pode dizer mas o fato é que nunca se viu tanto apego quanto hoje. As marcas nos distinguem e dizem quem somos antes que sequer possamos nos pronunciar a nosso respeito ou sobre algo. E isso porque cada vez mais as marcas não vendem produtos ou meros serviços, essa é uma realidade de quem compete por preço, sujeita aos canibalismos e interpéries do mercado.

Marcas vendem idéias ou ideais ou o que podemos chamar de estilo de vida. Pois é. Não compramos Levi´s, Dior ou Armani porque são intrinsecamente bons ou melhores, (embora tenham qualidade realmente superior na maioria das vezes, mesmo que essa diferença na qualidade seja quase imperceptível) compramos porque elas nos conferem uma expressão da qual nos identificamos realmente (alguém falou em desejos profundamente assentados?) e nos diferem dos outros.
Claro que isso não aconteceria em todos os nichos mas eis um exemplo factual deste raciocínio, publicada na Exame desta semana, matéria de capa: “Suas lojas (da Apple, por causa do iPod, iPhone, etc.) transformaram-se em verdadeiros templos onde os fiéis podem adorar a marca. ”

Naomi Klein citando Tom Peters no novo clássico "The Corporation", enfatiza este modo de lidar com as marcas ao comparar que não se deve fabricar produtos, deve vender Marcas, pois estas transcendem o baixo potencial do primeiro, tido como algo "preso à Terra"; de novo, a alusão à tentativa de, usando as palavras do sr. Tom, transcender nossa realidade, não mais satisfatória à nossos anseios.

Tô sonado e sem tempo de levantar bibliografia exata do que escrevi, mas no fim-de-semana eu posto.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Enfim, os facilitadores

A vida parece sorrir mais pra quem é um facilitador.

O Google é um ótimo exemplo de empresa facilitadora. De um simples site de consulta e pesquisas em geral, tornou-se um meio acessível de empresas menores ampliarem seus pontos de contato com clientes e prospects. Só isso, o ambiente facilitador de trabalho tem gerado idéias felizes e retumbantes como o Orkut, por exemplo. Bons ambientes favorecem a aparição de boas idéias. E boas idéias costumam ser lucrativas.

Uma tendência não tão nova tem sido relacionar a personalidade pacífica e sábia de Jesus Cristo como alguém “facilitador”, que “geriu” um negócio que só dá “lucro” através dos tempos. Claro que essa comparação diminui e esvazia toda a proposta de Jesus na vida de alguém, simplificando-a como um meio para atingir melhor qualidade de vida através do ganho capital e trato com o próximo. Mas é justamente no trato com o próximo que se refere o fato de os facilitadores estarem tão em voga atualmente.
Steve Jobs tem feito sucesso exatamente por tornar a tecnologia, por tantas vezes tão árida e complicada, em algo simples ao toque e aprendizado intuitivo. Alguém que pega num iPod por menos de cinco minutos já entende todo seu funcionamento e fica extasiado com seu potencial de armazenamento de dados como arquivos, vídeos, músicas, agenda pessoal, despertador, jogos – pouca gente conhece estas últimas funções, já comuns até em celulares. Alguém falou em celular? O novo iPhone vem chegando para desespero dos handhelds, palms e até Blackberrys da vida. Tudo por que facilita.

No ambiente corporativo, o facilitador agora é o antigo gerentão - é, aquele cara medíocre que regulava os horários, cobrava produtividade e contava piadas chatas – cuja nova função consiste em ajudar a equipe a obter maior coesão em seus projetos, seus raciocínios. Livros com títulos parecidos com “líder servidor”, ou o lado “psicológico” de Jesus não faltam. No meio sócio-cultural me chama a atenção para coisas que por um momento parecem ser pontos fora da curva, por assim dizer.
Tome-se por exemplo alguns ícones da geração baby boom, que clamavam por paz na Terra, atrás, literalmente de vida mais simples, de facilitação para a vida no sentido de liberdades (libertinas?) de expressão e relacionamento. Ou o movimento punk que buscava ideais mais simples através de desapego material buscava maneiras de mudar as complexidades urbanas com sua atitude e música. A própria sonoridade parece expressar isso: guitarra, baixo e bateria – o chamado power trio – que faz um som gutural, puro, quase adolescente.

Simplicidade... Ainda vale a pena complicar?

"Que Deus se apiede destes corruptos" - ou a popular frase: "eu já sabia"

Pois é, de título na capa e tudo: "Que Deus se apiede destes corruptos"; foi a manchete da Carta Capital desta semana, aliás, um pouco antes do 25 de abril anunciado na capa. A matéria fala sobre o quase fracasso da Operação Hurricane devido ao vazamento de informações que, pasme-se, a PF atribui ao Ministério Público.

Na revista ainda há uma matéria especial sobre o "O totem do capital" onde faz uma análise muito interessante sobre a paixão do Homem pelo automóvel ameaça a natureza e a civilização, chegando a apontar números como este: nos EUA, 43% da área urbana é devorada pelos veículos.
Interessante notar, segundo análise da própria revista, como a "publicidade fez do automóvel um símbolo sexual" e que "mudaram tecnologias e modelos econômicos, mas o culto (ao carro, num altar) continua o mesmo" e ainda cita uma "'metáfora concreta': na velha Índia, devotos de Shiva jogavam-se sob as rodas do carro do ídolo, o Juggernaut. As coisas não se alteraram tanto assim".

(hmmm depois termino, tem uns negócios legais a pesquisar, fui!)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Giro...

Giro rápido

- Pan 2007
- Papa no Brasil
- novos livros e novas reflexões em Branding: Idéias e Brand Value Management
- lendo Tiago e Isaías
- pirando em estudar Economia e Finanças (pô, isso tb é Branding...)
- tempão sem jogar bola (alguém falou em surf?? Êta saudades...)

Mas o papo rápido vai sobre o livro Brand Value Management - Da estratégia da marca ao valor do acionista, de autoria de Eduardo Tomiya, ex-diretor da Interbrand (2005-6).

Depois das introduções básicas de Branding - vale ressaltar o bom direcionamento desde o princípio - começa a falar sobre algo muito importante e que pouco se tem conhecimento no mercado: metodologias de avaliação da marca.

Não o li inteiro - ainda - mas um olhar mais cuidadoso ainda pode reparar na questão de conversão de estratégia em valor - algo discutido mas quem o sabe na prática?

Vale a pena conferir...

;-)

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Fora o velho! Ou "Não deixem de ter fome. Não deixem de ser tolos" ("Stay Hungry. Stay Foolish")

Tudo parece ser feito para sobrepujar o que já existe, o senso de renovação pode ser observado nos fenômenos mais simples aos mais complexos da natureza.
Pegue-se o exemplo de um anticorpo que uma estrutura física desenvolve para ficar mais protegida de certas doenças, num nível molecular extrememente pequeno. E da conhecida história da lagarta que transforma para virar um belo ser alado. Ou de um pássaro que se refugia no alto de uma montanha, no doloroso processo de renovação de suas penas e troca de seu bico para um recomeço mais saudável de nova etapa em sua vida...?

Renovação, tranformação, reinício...

Transformando para renovar a mente foi o nick que usei no MSN dia desses mas esse é até um texto conhecido das Escrituras (Romanos 12.2). A gente só envelhece quando nossas idéias não se renovam e a Biblia já dizia isso há dois mil anos quando se refere que temos que "...transformai-vos pela renovação de vossa mente".

Ela transformação também é necessária para que se dê (novo) fôlego à empresas, processos e desenvolvimento de produtos e percepção com o público. A própria idéia de "fôlego" pode nos conduzir ao Éden por um instante para contemplarmos que foi num "sopro" divino que a Criação humana começou. E desde então nada mais foi o mesmo. Joey Reiman en seu livro Idéias chega a afirmar que Deus teve a maior de todas as idéias ao fazer o Homem assim.

Steve Jobs, em recente discurso como paraninfo em Stanford, fez apelos veementes pela busca individual do sonho de cada um através da necessidade urgente que se siga o coração e a intuição. Cita uma frase vista num catálogo antiga que dá título a este artigo ("Stay Hungry...") aos alunos na nova vida de formado.
Esse é um clamor para que se saia da mesmice e acomodação que podem ser armadilhas terríveis para todos, inclusive a algum recém-formado de uma bela escola (revista Ícaro, abril 2007).

Que se busque, então, com muita fome pelo saber que edifica. Acredito que tolice é negar estes conceitos.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Pensando diametralmente o oposto...

Zeitgeist (zeit = tempo + geist = espírito) é a expressão alemã para o espírito de nosso tempo, do pensamento moderno.

Pessoas dizem que a Bíblia "conforma" e resigna o cristão. Que pessoas dentro desta "linha de raciocínio" são conformistas e aceitam as mazelas e má-sorte como algo a ser tolerado nesta vida em vista de uma vida paradisíaca após a morte.
Nada mais falso: em Rm 12.2 temos a afirmativa "não vos conformeis com este século mas transformai-vos pela renovação de vossa mente", o que diz bem o contrário ao estimular a renovação da mente que a Palavra dá, não apenas de forma moral mas para que "experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".
De forma prática, podemos citar Js 1.9: "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso, não temas nem te espantes e não te esqueças das palavras da minha boca nem dela te apartes". Este é um chamado a sair do comodismo.

Deus também disse isso a Moisés, quando o chamou e este disse que era gago e de pouca desenvoltura. Mesmo assim Deus usou um "fracassado", mas que se dispôs a sair de sua área de conforto e enfrentar seus medos, dar a cara a tapa, como dizem.
Mas por que temos um conceito tão arraigado na cabeça das pessoas quando a verdade é tão diametralmente oposta?
É certo que tal pensamento remonta à cultura das tradições católicas de relacionamento com seu rebanho, os fiéis. A própria separação institucional feita pela igreja romana assegura tal diferença, uma vez que a igreja seria, conforme os próprios, o Papa, os bispos e o clero em geral; todos os outros são os chamados "leigos", nome dado devido à falta de especialização cultural no manejo da religião. Isso atravessa o chamado universal dado por Jesus no livro dos Atos dos Apóstolos 2.1 que

terça-feira, 3 de abril de 2007

Estreando num dia especial...

Ok, estreando bem no meu niver, aqui pretendo refletir um pouco sobre o pensamento comum de nosso povo e do cidadão médio no mundo em relação a princípios de valores filosóficos e espirituais.

Sem a pretensão de esgotar nenhum assunto mas de pensar junto, conhecer pessoas, levantar questões relevantes e exercitar a boa idéia que é o pensar.

Bem vindo a este blog :D