Muitos estão acompanhando o caso da garota Isabella, o novo espetáculo da mídia podre mainstreain para vender mais jornais e entreter o público ávido por sangue e coisas bizarras na TV.
O caso lembra em muito o da garotinha inglesa Madeleine McCann, desaparecida num hotel em Portugal em 03/05/2007, ainda não encontrada, cujos pais foram imediatamente criminalizados pela mesma mídia pobre vendedora de jornais e sedentas por audiência de sangue. Posteriormente, publicaram em matéria de capa pedidos de desculpa aos pais por acusações e sugestões irresponsáveis, qualificados por eles como “difamação grotesca”.
Veja mais em (http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/03/19/jornais_pedem_desculpas_aos_pais_de_madeleine_1235349.html#)
O que dá o clima de espetáculo para a mídia é que o crime teria sido cometido pelo pai – coisa que ainda não foi provada. Desconheço de forma pessoal os pais e as circunstâncias que envolveram a morte da menina e mesmo conservando a possibilidade de ser de fato cometido por algum parente da criança, o que torna hediondo o horrível, há uma pergunta que não cala, haja o que houver: “e se o tal pai da menina for inocente??”
Além do próprio trauma da perda de sua filha, algo já anormal pelo fato em si, não há precedentes para o que pode causar psicologicamente aos envolvidos por tamanha irresponsabilidade, como será a vida social destas pessoas, no trabalho, na rua, no trânsito?...
Há casos terríveis de abusos e crimes jornalísticos no Brasil que deixamos passar impunemente mas como lidar com algo assim sem ser acusado de repressor dos direitos e liberdades de expressão?
Um exemplo interessante seria rever o caso da menina inglesa onde os jornais, além serem obrigados a pedir desculpas em suas capas, foram obrigados a pagar uma quantia volumosa de indenização aos pais inocentes (http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/03/19/pais_de_madeleine_recebem_indenizacao_de_tabloides_1236041.html).
Quem sabe, doendo no bolso, a ‘ética’ de quem vive de vender possa mudar ou pelo menos, se conformar que neste país ainda se cumpre a lei.