quinta-feira, 25 de setembro de 2008
O que sua bike, seu bife e seu carro tem comum?
Mas também é preciso lembrar que não apenas usar uma bicicletinha faz bem pra saúde e pro bolso, que gasta-se menos com gasolina, estacionamento, seguro, depreciação etc., mas que Estados Unidos e China juntos ainda são os maiores responsáveis pela poluição no mundo todo. A Europa tem sua grande contribuição mas trata-se de países com pouco espaço para expansão econômica ou aproveitamento territorial, baixo crescimento demográfico ou em alguns casos, negativo, o que torna mais simples administrar a redução da emissão de CO² do que em amplas áreas livres e inexploradas.
A revista Carta Capital destacou em abril deste ano o fetiche em torno das feras de metal: “Assim como os antigos sacrificavam colheitas, gado e até os filhos a ídolos e ícones aos quais seus sacerdotes atribuíam poderes imensos e uma profundidade insondável, a humanidade da era industrial sacrifica tempo, espaço, riquezas naturais e, às vezes, as próprias vidas a essas máquinas às quais os publicitários atribuem virtudes igualmente mágicas. Até as guerras empalidecem ante as estatísticas do trânsito, sem que isso inspire tanto horror quanto seria de esperar. Trata-se de sacrifícios humanos socialmente aceitos.”
E nós, brasileiros, líderes natos da América Latina (pergunte ao casal Kischner ou aos "muy amigos" Evo Moralles e Hugo Chaves) também fazemos parte dessa liderança de poluidores. Sim, porque anualmente destruímos cerca de 9.495 km2, e somente em abril, 1223 km2 de floresta foram destruídos na Amazônia, segundo dados obtidos por satélite pelo Deter, sistema de detecção do desmatamento em tempo real.
Olhemos estes números: somente os 11 (que time hein) maiores desmatadores andaram acabando com 50,4 mil hectares da floresta amazônica ilegalmente. A área é superior à da capital gaúcha, Porto Alegre, e corresponde a mais de 61 mil campos de futebol, nas maiores dimensões permitidas pela Fifa.
O grande responsável por isso é o gado e a agricultura para exportação (as famosas commodities: soja, milho transgênico, celulose, açúcar, etanol, madeiras nobres) mas não culpem as vaquinhas, a pecuária justifica isso dizendo que o brasileiro precisa comer carne, o mercado demanda e o governador Mato Grosso, o “Rei da Soja” Blairo Maggi, já explicou tudo de forma clara e explícita: “Não se faz agricultura sem destruir a floresta”.
Poderíamos minimizar, produzir menos para exportar, até porque, quem enriquece não é o povo ou a soberana nação nem tampouco sou vegetariano, embora me pareceu uma prática um tanto civilizada quando fiquei sabendo da conta de que precisamos de cerca de 10 quilos de vegetais para cada um quilinho de carne que consumimos, porque os vegetais são usados para alimento dos bichos, fora a área previamente desmatada, como já mencionado (ver Le Monde Diplomatique Brasil, A Fome Que Dá Lucro”, ed. maio/2008).
Se cuidássemos tão somente de nossa terrinha, seríamos ótimos exemplos e não precisaríamos bancar os engajados como a intelligentsia neoliberal gringa assim o sugere que façamos.
Eles já destruíram as reservas naturais deles através dos séculos e ainda nos acusam de poluir tanto em tão pouco tempo. A China que o diga.
Oras, nossos políticos dizem que a poluição não existe em grau tão alto assim e nós votamos neles, será que não merecem crédito? Ou nós, povo, não merecemos crédito? Nossa ilustre ministra do Meio Ambiente Marina Silva, entregou o cargo por "conflitos com outros ministérios, como a Casa Civil e a Agricultura, em questões que opõem a proteção ambiental a interesses econômicos". Ou seja, parece que quem queria defender o verde do Brasil teve que sair pois alguns líderes do governo atual não pensam assim. Será que ela estava certa afinal?
Carro, bikes, pecuária, desmatamento, política... as coisas se interligam né?
Como assim, quem é Marina Silva???
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
As "quentinhas" da internet (ou seria as requentadas?)
Um link interessante a se sapear de vez em quando é o Google Trends < http://www.google.com/trends/hottrends?sa=X>, onde vira e mexe tem coisas no mínimo curiosas e/ou esdrúxulas numa lista de 1 a 100 sobre os temas mais pesquisados nos últimos dias.

Como dados oferecidos, pode-se obter as opções de pesquisa relacionada, os locais de maior incidência, o grau de "quentura" ou o quão intenso é a procura, de 1 a 5 na escala: moderado/ médio/apimentado/em chamas/ vulcânico(!) e um gráfico que ilustra a intensidade da procura, do dia, de acordo com a hora e o "pico" da procura.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
TV-verdade?

sábado, 5 de abril de 2008
Pergunta que não cala
Muitos estão acompanhando o caso da garota Isabella, o novo espetáculo da mídia podre mainstreain para vender mais jornais e entreter o público ávido por sangue e coisas bizarras na TV.
O caso lembra em muito o da garotinha inglesa Madeleine McCann, desaparecida num hotel em Portugal em 03/05/2007, ainda não encontrada, cujos pais foram imediatamente criminalizados pela mesma mídia pobre vendedora de jornais e sedentas por audiência de sangue. Posteriormente, publicaram em matéria de capa pedidos de desculpa aos pais por acusações e sugestões irresponsáveis, qualificados por eles como “difamação grotesca”.
Veja mais em (http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/03/19/jornais_pedem_desculpas_aos_pais_de_madeleine_1235349.html#)
O que dá o clima de espetáculo para a mídia é que o crime teria sido cometido pelo pai – coisa que ainda não foi provada. Desconheço de forma pessoal os pais e as circunstâncias que envolveram a morte da menina e mesmo conservando a possibilidade de ser de fato cometido por algum parente da criança, o que torna hediondo o horrível, há uma pergunta que não cala, haja o que houver: “e se o tal pai da menina for inocente??”
Além do próprio trauma da perda de sua filha, algo já anormal pelo fato em si, não há precedentes para o que pode causar psicologicamente aos envolvidos por tamanha irresponsabilidade, como será a vida social destas pessoas, no trabalho, na rua, no trânsito?...
Há casos terríveis de abusos e crimes jornalísticos no Brasil que deixamos passar impunemente mas como lidar com algo assim sem ser acusado de repressor dos direitos e liberdades de expressão?
Um exemplo interessante seria rever o caso da menina inglesa onde os jornais, além serem obrigados a pedir desculpas em suas capas, foram obrigados a pagar uma quantia volumosa de indenização aos pais inocentes (http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/03/19/pais_de_madeleine_recebem_indenizacao_de_tabloides_1236041.html).
Quem sabe, doendo no bolso, a ‘ética’ de quem vive de vender possa mudar ou pelo menos, se conformar que neste país ainda se cumpre a lei.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Votos para 2008!
Entre tantas promessas, vou atualizar este blog com mais contância, pelo menos duas vezes por semana estarei martelando nos teclados.
Este ano teremos, entre tantas coisas, segundo a Carta Capital, eleições municipais no Brasil, Olimpíada de Pequim, pacote fiscal para compensar o fim da CPMF (pois é!) e as famigeradas eleições para a presidência nos EUA - o que vai sacudir mais na mídia?
Entre tantas tendências de consumo, segundo o relatório Trendwatching.com, vamos refletir um pouco sobre cada uma delas: as Esferas de Status, a Premiumização, a Cultura Snack, as novas tendências Online, Brand Butlers (!), Crowd Mining, MIY - Make It Yourself e Eco-Iconic - uau, viajei em várias né? Pois é, vamos comentar também.
Mas o que vai mesmo na cabeça do povo? Isso é o que ainda me interessa mais e acredito que seja o que define a importância e mérito de todas estas coisas citadas, tendências, etc., pois o relegado fator humano - sempre imprevisível - ainda é o que fascina e move o que vemos...
E o que move o que não vemos? Será o que realmente nos move e por conseguinte, todo o resto?
Bom ano a todos e... até logo :D